terça-feira, 25 de outubro de 2011

It´s raining water... OH, my Stars...! (*faint*)

Bom dia, gente fofa mais linda! Então, como estão os meus pequenos? Calma, um de cada vez senão a gente não se entende, eu gosto de todos vocês... menos daquele senhor com o cabelo oleoso. E aquela senhora, que entre ela e uma foca a diferença é pouca, já que uma cheira a peixe e a outra vive no mar.


Mais uma vez o assunto que me traz até vós é não outro senão a sociedade em que vivemos e o nosso instinto animal. É impressão minha, ou quando chove o condutor português não sabe o que fazer da vida? "Mas, oh Pedro, o português, em geral, é azelha ao volante", dizem vocês, em coro, muito bonito e bem ensaiado! Vocês a cada dia estão melhores, até vos dava um beijinho se eu não tivesse o mínimo de cuidados com a minha saúde.

Sim, o português não conduz nada bem, eu sei, e dá aspecto que 75% dos condutores tiraram a carta numa promoção dos cereais, e os restantes 25% fizeram o código na Somália, onde ninguém anda na rua e portanto não existem sinais de trânsito (como viaja então um somálio? Fácil, tira os pesos dos pés e lá vai ele com o vento...). Mas quando chove, eh pah não sei, parece que o português panica. Parece que o efeito de caírem gotículas de óxido dihidrogénio despoleta a necessidade de abrigo, e é ver o Schumacher que há em todos nós a abrir caminho estrada fora! "Porquê?", pergunto eu, e vocês nada (nunca me respondem). Porquê este pânico todo para voltar para casa, se vocês já estão abrigados? Está a chover, sim senhor, mas é lá fora! Respirem fundo, e tirem o pé do acelerador. É que quanto mais chove mais pesado fica o pé, e até parece que têm esponja no membro.


A maior parte dos acidentes rodoviários dá-se durante o Inverno, mas será que é tudo culpa da bexiga apertada de S.Pedro? Devemos culpabilizar unicamente a chuva, vento e frio que nos fustiga o belo do penteado, ou será que o ego inchado com um bocadinho de homem, vulgo condutor, é o principal responsável? Creio mais nesta última hipótese, porque quer com Sol quer com chuva as rotundas, as curvas e os semáforos continuam lá, e se eles se movem é porque o "Lorenzo das nacionais" já vai a dar no acelerador como se não houvesse amanhã.

Vá lá, vejam lá isso... Acalmem-se lá, e não se matem. Não gostam da chuva? Colem um arco-íris na viseira, e conduzam até ao pote de ouro.


Adeusinho. Despeço-me todo húmido, visto que está a chover a cântaros e tenho um buraco no tecto da minha barraca (e não, não me vou dar ao trabalho de mudar de lugar!).

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Uma sociedade cansada, ou predatorismo urbano?

Ando nervoso, e com os pensamentos revoltantes à volta da minha cabeça com situações que vejo e me assolam a consciência: Na sociedade Portuguesa em que vivemos (ou, pelo menos, naquela a que tenho acesso – grande Porto) factores estranhos actuam no subconsciente do povo, estimulando planos ancestrais adormecidos no nosso ego, enterrados algures no nosso iceberg imerso, incitando o nosso mais remoto ser interior. Os factores (ou melhor, os estimulos) de que vos falo são por norma extremamente simples – um assento no metro ou no autocarro. A resposta intrínseca que despoleta – predação.


Não sei se sou o único – ou melhor, sei que não, pelo menos a minha namorada também assiste a isto- mas ao longo dos anos noto um incremento na agressividade dos passageiros dos transportes públicos. Se outrora assistiamos a um ou outro desacato provocado por um idoso revoltado com a impassividade do autocarro perante o trânsito, e que pelo facto de ter de aguardar mais tempo pelo mesmo o deixasse com a dentadura na iminência de ser projectada com tanto nervosismo, actualmente assistimos a autênticas competições interespecificas (de notar que determino a existência de duas espécies – os Homens jovens, e os Homens idosos).



Que aconteceu à nossa identidade racional? Quando era mais jovem, e até durante os meus dois primeiros anos na faculdade, havia uma relação pacifica entre os dois escalões etários. Ainda havia jovens que davam o seu lugar aos mais velhos quando não havia mais lugares sentados, e os velhinhos respeitavam as filas de espera (e avisavam jovens e outros idosos quando estes tentavam furar a fila). Agora, no entanto, vejo jovens e idosos a correrem de pontos distintos da carruagem do metro, só porque almeijam – ahhh, finesse de palavra - um lugar junto à janela, ou então respeitosos anciões a malfadarem da juventude quando estas não lhes cede um lugar no (não) tão cheio autocarro.


Será que estamos a perder o nosso sentido de ética e moral? Será que as nossas pulsões do id estarão ou o nosso lado animal foram reprimidos demasiado tempo, estando agora a aproveitar qualquer situação do nosso quotidiano para irromper à superficie do nosso iceberg, e levar-nos a readquirir as nossas caracteristicas predatórias que tão eficientes foram para a sobrevivência dos nossos ancestrais, embora nos tempos que corram não sejamos ameaçados por mamutes ou leões mas pela perseguição constante dessa sombra tão grande que é a crise que assola o nosso país?




Indago-me, questiono-me, e às vezes pergunto-me sobre tal. Mas, de momento, vou ter que deixar isso para outra altura, e pegar na minha moca. É que acabei de ver ali mais à frente no metro um lugarzinho sentado, e a velhinha que para lá se dirige que nem pense que me tira o poiso, mesmo que perigosamente carregue uma bengalinha de madeira!

sábado, 25 de abril de 2009

A um metro das conservas...

Boas noites,

Visto que o post que ando a preparar está deveras demorado, e numa tentativa de manter este meu blogue alive, deixo aqui, para vosso deleite, uma "pequena" reclamação enviada pela minha pessoa a esse grande (conforme as horas) transporte público da Invicta, o METRO. Já agora peço, a quem tiver a mesma opinião, que faça passar a mesma junto da entidade competente (metro@metro-porto.pt, visto que o espaço para comentários é grande o suficiente para só caberem os elogios).

Sem mais nada a dizer, e até um post próximo (espero), despeço-me.
Beijos, e abraços, e muitos palhaços! E se não nos virmos, até à queima! XD
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À Metro do Porto, com amor...




Boa noite,

Devo, antes de iniciar a escrita desta minha critica, informar ao destinatário da mesma que muito ponderei se a deveria ou não redigir. No entanto, deparando-me com o perpetuar das acções que explanarei mais adiante, não pude deixar de criticar:
Sendo o mais sincero possivel, e sem querer insultar o(s) responsáveis pela organização dos veiculos do metro quanto à sua presença de espirito e discernimento, venho desta forma criticar fortemente o modo como os utentes (principal fonte de rendimentos desta empresa) têem sido tratados, especialmente os da linha C da qual dependo diariamente. É senso comum, e creio que seria muito fácil de comprovar estatisticamente, que existe um maior fluxo de migração de pessoas em direcção ao Porto nas primeiras horas do dia, também conhecidas como "horas-de-ponta"; e o contrário, ou seja, um maior fluxo de pessoas a sair do Porto nas últimas horas do dia, horas essas também rotuladas de "horas-de-ponta". Essas horas-de-ponta, caso seja de dificil visualização mental, estão localizadas no periodo de tempo que decorre entre as 7h00-9h (periodo da manhã, onde ocorre uma maior migração em direcção ao Porto, pois é lá que trabalham ou a partir desse centro que apanham outros meios de transporte para chegar aos postos), e as 17h30-19h30 (periodo do final da tarde, em que as pessoas saiem dos trabalhos e se dirigem para suas casas. Ou seja, migração a partir do Porto para fora deste). Caso a minha palavra não seja suficiente, creio que bastará reparar na quantidade de veiculos nas estradas que entram no Porto de manhã, e na quantidade dos que saiem da Invicta.
Mais uma vez relembrando que não pretendo, de alguma forma, denegrir a qualidade do pensamento dos responsáveis pela distribuição dos veiculos nas diversas viagens, chego ao cume da minha indignação: tendo em conta as referidas horas-de-ponta e as suas caracteristicas, porque é que se assiste a uma distribuição contrária do esperado?

Exemplificando:

- Situação 1 - Maior fluxo de pessoas a entrar no Porto
- Atitude sensata - Um veiculo de 2 (Duas) carruagens nas viagens com sentido para o Porto, com frequência moderada (10-15 min). Viagens serenas, e sem sobressaltos de maior, com paragens estipuladas nas diversas estações.
- Atitude "METRO" - Um veiculo de uma (UMA) única carruagem, de 20 em 20 ou mais minutos, em direcção ao Porto. Para um melhor conforto dos passageiros, e de forma a que possam apreciar a beleza urbana do distrito, imobiliza-se o veiculo constantemente, todas as manhãs, estre Fonte-do-Cuco e Senhora da Hora (agradeço pessoalmente, desde já, terem essa atitude, pois nunca na minha vida pude parar para admirar a beleza arquitectónica e de engenharia da ponte que passa sobre a linha, entre as referidas estações).

- Situação 2 - Maior fluxo de pessoas a sair do Porto
- Atitude sensata - Um veiculo de 2 (Duas) carruagens nas viagens saídas do Porto, com frequência moderada (10-15 min). Viagens serenas, e sem sobressaltos de maior, com paragens estipuladas nas diversas estações.
- Atitude "METRO" - Um veiculo de uma (UMA) única carruagem, de 20 em 20 ou mais minutos, em direcção ao Ismai. Antes, é permitido aos utentes amaldiçoar aqueles que viajam até Senhora da Hora, por lhes ser cedido veiculos de duas carruagens. Claro que estas pessoas não possuem o mesmo discernimento e noção espacial de quem distribui o número de carruagens por viagens, que sabe perfeitamente que Senhora da Hora fica a uma distância muito superior da Trindade, por exemplo, ao passo que o Ismai, ou Vila do Conde, ou mesmo até Senhor de Matosinhos ficam mesmo "ao virar da esquina". Um pouco antes da Praça da Liberdade, se não me engano.


Creio eu, e deduzindo que terei a opinião complascente dos restantes utilizadores do metro, que tem havido uma grande desorganização no metro. À situação de diminuição de frequência de passagens de metros para e do ISMAI ser acoplada a redução drástica no conforto dos utentes é deveras grave, dando a ideia de que a metro terá realizado tal numeroso condicionamento de pessoas dentro dos veiculos para poder economizar no aquecimento nos dias frios de inverno.

Se, à face das queixas apresentadas pela minha pessoa, e de outras pessoas que certamente terão também algo a dizer referente a esta situação, não se alterar esta condição, indago se a metro do porto deseja tratar os utentes não como deveria ser, prestando serviço de qualidade no conforto do transporte, mas sim como números estatisticos dos quais poderá extrair capitais, não se importando se os mesmos utentes terão de se passar por sardinhas em lata para poderem chegar às suas casas após um extenuante dia laboral, faltando só mesmo a presença de óleo vegetal nas carruagens para que a metáfora se concretize na realidade.

Sem mais assunto de momento, e aguardando uma tomada de atitudes que beneficie todos, submeto-me.

Cumprimenta,

Pedro Santos

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Após ler esta mensagem, tinha 15 segundos para evitar ser atropelado por uma mula tripod!

Portugueses!

Venho, desta forma, revoltar-me perante uma situação ultrajante que tem vindo a assolar o nosso país e o mundo! A origem é desconhecida, embora haja relatos que sejam oriundas do estrangeiro, vindas das Américas; e a sua presença no nosso dia-a-dia tem causado imenso desconforto! Não é um desconforto qualquer, daqueles que passam com um pouco de pomadinha ao deitar, ou com umas gotinhas ao acordar! Nenhuma cueca demasiado apertada alguma vez nos desconfortará como estes autênticos atentados à nossa integridade fisica e mental.
Refiro-me, claro está, a esse pesadelo dos dias modernos e que, aproveitando as correntes da tecnologia, se espalha a uma velocidade vertiginosa. Refiro-me a essas malandras, a essas bandidas...




... as CARTAS-CORRENTE (e suas filhas, as SMS-CORRENTE)!



Portugueses! Quantos de vocês já estão fartos de ver as vossas contas de correio electrónico saturadas com mensagens de amor-eterno ou azar perene?! Quais, entre vós, já lhe ocorreu não recebeu aquela mensagem do vosso mais-que-tudo porque tinham várias sms-corrente em lista de espera para vos atafulhar a memória do telemóvel?! E quantos de vocês, mesmo sabendo que esta coisa das mensagens é irritante...


... CONTINUA A ENVIAR-ME MENSAGENS-CORRENTE?!?!?!



Mas que raio, hein?! Curioso, sempre que vejo alguém a abrir uma destas mensagens (quer num computador, quer num dispositivo telefónico portátil – vulgo telélé.) A reacção dessas pessoas é sempre a mesma:

- Ergh, pois... mais uma dessas mensagens correntes... Eu cá sou muito intelectual, muito cientifico, e muito pragmático nestas coisas para saber que isto não tem resultado nenhum... MAS ACHO UMA MENSAGEM TÃO FOOOOOFA, QUE VOU JÁ ENVIAR A TODOS OS MEUS CONTACTOS...



Recorrendo às minhas memórias, ainda me lembro (e com certeza que o distinto leitor aí em casa também se deve lembrar... não, não é dessa casa, da outra! Não, a outra mais à direita! Exactamente, essa mesmo! Lembra-se?!), de como eram as antigas mensagens-corrente; e é curioso reparar que estas têem assistido a uma crescente evolução não só a par das tecnologias, como um constante melhorar das estórias da sua origem e dos argumentos que comprovam o seu poder milagroso (quer pelo bem, quer pela dark force).


Eu ainda sou do tempo em que estas mensagens eram ainda físicas, palpáveis, vindo registadas num mero pedaço de papel; e pediam que o leitor as fizesse passar copiando-as dez, quinze, vinte vezes (e algumas eram avessas ao uso de fotocopiadora, alertando que caso o leitor o fizesse a carta perderia o seu efeito mágico, e o desejo já não se cumpriria), e caso o leitor o não fizesse num determinado periodo um grande azar ocorreria (azar esse, normalmente, associado ao campo amoroso). Nos dias de hoje, além do perceptível avanço tecnológico, ocorreu uma “melhoria” (?!?!) quer do poder do desejo, quer na maldição que caíria no singelo mortal que caísse no grande erro de a deixar esquecida na sua conta de e-mail. Se dantes o leitor era advertido que, caso não repassasse a carta, lhe aconteceria (imaginemos),





“um fenómeno de azar nas 48h a seguir a ler esta carta”,



nos dias de hoje o ciber-leitor corre o perigo de


“ficar sem amigos, sem uma perna, vesgo de um olho, apanhar a gonorreia, não casar durante 7 anos, e terá muita sorte se não for atacado por uma trupe circense de anões amestrados e mulheres barbudas!”





Há para todos os gostos, com argumentos mais ou menos complicados. Numas surgem fadas, noutras já aparecem meninas fantasmas. Umas têem relatos “verídicos” de pessoas que, ora foram benificiadas por passarem a carta aos seus contactos, ora caiu-lhes um piano em cima por se terem esquecido de o fazer; ao passo que outras acreditam piamente que introduzir imagens de bichinhos fofinhos desnecessaria completamente recorrer às premissas supracitadas.
Temos mensagens em Word, Excel, Powerpoint e até já recebi gifs e videos! Variedade não falta, nesta busca incessante pela atenção do leitor. E ao fim de tanta evolução destas mesmas uma questão se me impõe...:


QUEM FOI QUE TEVE O RAIO DA IDEIA DE CRIAR ISTO?!


Qual foi a alminha que, certo dia, se levantou da cama e pensou “eh pah, não sei o que hei-de fazer, acho que vou redigir uma carta para circular pelo menos o mundo”? Gostaria de ter uma conversa com as mães dessas pessoas, e partilhar com elas a frustração que os seus filhos trouxeram ao mundo... E talvez convencê-las que a laqueação das trompas talvez seja uma das maneiras de evitarem lançar um novo perigo para a sociedade...

Venho desta maneira iniciar um novo movimento. Um movimento sinérgico, repleto de energia e força, contra a intrujice destes virús da nossa tecnologia! Não foi para este fim que o primeiro dos homens decidiu desenvolver o intelecto! Se entre a baba e o ranho e os grunhidos animalescos o neanderthal tivesse imaginado que este seria o futuro da humanidade, certamente que pensaria duas vezes antes de bater pedrinhas umas nas outras e ver as faíscas a saltar (enquanto faria sons gorilescos... conseguem imaginar a imagem? Hilariante... e ridículo).

Assim, peço-vos... parem de mandar mensagens-corrente, impeçam a sua proliferação...
... a menos que sejam muito fofinhas.



Sem mais assunto de momento, despeço-me, com votos de boas férias, boas navegações na internet, e previnam-se contra os virús informáticos (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAATCHUUUUUUUUUUUUUM!).


Cumprimentos aos Byte´s;
Beijos às Giga´s;

Um beijo muito, muito especial à “unidade central de processamento” da minha vida (és tu, Nadia :D);

E...

... nada prós Gifs! ("ui, que sou tão animadinho!!!")

domingo, 2 de março de 2008

Uma veia, qui ça uma arteríola poética... embora seja prosa...acho...

Passava pouco mais das quatro da tarde.

O pobre velho sentava-se rotineiramente na sua mesa habitual. O jornal, sempre o bom correspondente desportivo, aberto na página do futebol. Ao lado deste estava o bom do verde, tão velho quanto ao pobre velho lhe era permitido pela carteira, aquecia no copo mesmo ao lado da sande de torresmos.
A mesa estava mesmo junto à janela, e a janela dava para a rua movimentada da grande cidade. Com saudade, o velho recordava os tempos em que o movimento do vento era o único barulho que se ouvia por aqueles lados, tempo esse tão distante quanto o seu velho ritual. De igual forma a sua imaginação retornava no tempo, até ao tempo em que começara aquela rotina, e como a havia aprendido de seu pai, e o seu pai por sua vez aprendera do seu pai.

O velho era homem de palavras, embora as palavras já não se ouvissem. A alegria dos graves da sua voz com o tempo esmorecera-se; a vontade de falar perdera juntamente com os poucos amigos que ascenderam ao Éden (ou nalguns casos, pensava-o com maliciosa saudade, desciam ao expiatório). Não fora homem de uma mulher só, e esse seria um dos motivos de ser tão velho na sua solidão, no entanto isso não o entristecia.
Era com a vida que se entretia. Como ninguém apreciava o sopro do vento, o assobio quase mudo das folhas ao cair das árvores, o gotejar da chuva nas telhas e o calor do Sol na sua pele. Como ninguém admirava a agilidade de um gato, a astúcia de um rafeiro, o balbuciar das palavras dos poucos bébés que ainda eram levados a aquele pequeno tasco pelos pais.
Não tinha irmãos nem irmãs. Seu pai tivera irmãos, e todos estes assentaram casa e campa no estrangeiro; e do lado de sua mãe conhecera somente uma tia-avó caquética, que morrera à mais de meio século, solteira e sem descendência. Não existia ninguém vivo de sua familia com quem pudesse partilhar as suas histórias, nem a quem passar a sua rotina de familia. Rotina essa a maior fonte das poucas horas de prazer que ainda sentia diariamente.
Desde tempos imemoráveis se sentava naquela mesma mesa, naquela mesma cadeira, com a sua bebida e a sua refeição. Desde o inicio só duas pessoas, seu pai e o pai de seu pai, se sentaram conjuntamente com o velho naquela mesma mesa; e nem o criado daquele pequeno estabelecimento conseguira trocar palavras com o velho, apesar de já o ter tentado bastantes vezes no passado antes de finalmente ter cedido à dureza do silêncio do cliente.
O criado sabia desde sempre o que desejava o velho. Antes de si, seu pai e seu avô haviam de igual forma servido o pai e o avô do velho; e deles aprendera qual o pedido da sua clientela regular. E apesar de do velho as palavras não lhe sairem, os seus gestos eram cordiais e agradeciam a chegada dos seus pedidos.
O velho olhara pró relógio, passavam trinta minutos após as quatro horas da tarde. O almoço distante, juntamente com a fragância conjunta do vinho e da sande, levavam o seu corpo enfraquecido pelo tempo a clamar por comida, e o apetite cada vez mais se sentia. Prontamente enchera um primeiro copo de vinho e, de uma só vez, languidamente, sorvera o precioso néctar, e ao sumir a última gota novamente enchera o copo. De seguida, segurara na sande e começara a comer; e entre mordidelas bebia um pouco de vinho para ajudar a empurrar a refeição.
Enquanto comia lembrava-se dos velhos tempos da sua juventude, dos tempos em que se sentava naquela mesma mesa com seu pai e seu avô, e num silência cúmplice compartilhavam aquele ritual singular que os unia.
De longe, o jovem criado assistia a todo o processo, por vezes inquirindo-se de como é que tal ritual se iniciara; e por ter noção da ancestralidade de tal acto e da importância que este tinha para o seu cliente, tentava imaginar qual seria a reacção do velho se se visse privado de tal. Infelizmente, sabia-o, mais tarde ou mais cedo teria de intervir no velho ritual; pois infelizmente os tempos mudam e forçam-nos a mudarmos pequenos hábitos, e por vezes são pequenas contrariedades nos nossos hábitos diários que alteram completamente todo o desenrolar normal de um dia e dos vários dias subsquentes.
Com a sandes já dentro do seu estômago, o velho bebera mais um copo para ajudar a limpar a garganta, e no final deste um gemido surdo de prazer lentamente saíra da boca do velho. Olhando para a janela, levara a mão ao bolso do casaco, e retirara de lá a sua cigarrilha dourada, que tal como o ritual herdara de seu pai quando este falecera. Num longo momento, como se o tempo estivesse quase a parar, colocara um cigarro na boca e acendera-o. O sabor do fumo, o aroma do tabaco e o calor do cigarro cada vez mais quente fazia como que uma reacção quimica no velho corpo com o vinho e a sande acabados de ingerir, fazendo o velho sentir-se bem.De repente, do seu lado direito, sentira movimento; movimento familiar, vindo do balcão e em direcção a si, e nunca antes tal acontecera durante o secular ritual. Com um ar um pouco receoso, o jovem criado pusera-se à sua frente; e numa voz decidida de adulto dissera algo que nunca esperara ouvir...





«olhe, desculpe, mas não pode fumar aqui, vai ter que apagar o cigarro»



Ao ouvir estas palavras, o velho levantara-se e olhara profundamente nos olhos do jovem criado. Preparava-se para abrir a boca. Finalmente, ao fim de tantos anos, o velho falaria com o jovem criado que, insconscientemente, sempre ansiara que o seu cliente lhe dirigisse nem que fosse uma palavra! Ansiava que o velho lhe contasse estórias de antigamente, lhe abrisse os horizontes e o ensinasse a como apreciar convenientemente a vida. Assim, aos poucos, um pequeno sorriso se esboçara no rosto do criado, pronto a escutar, vindo do velho, um filosófico...:




«ARRE FUOD*-SE!»




Revoltado, o velho pegara no casaco, atirara o dinheiro prá mesa e sumira-se, deixando um esmorecido «cambada de filhos da p...» no ar...
Bom, há dias assim: em que uma pessoa acorda, dá com a cabeça na mesinha de cabeceira, e se lembra de escrever destas barbaridades...
Sem mais assunto de momento, despeço-me...
Cumprimentos a les hombres
Beijos a las muchachas
Beijo muito, muito, muito especial a mi amor, Nadia ;)
Um bjiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii para ústed, birú!
Um cafuné a le coito, no le coito intirrompido, pero lo coito de lo net!
(e então, ficaram impressionados com a minha capacidade linguistica?! Sei ou não sei falar franciuso?! Hein)
e...
NADA PRÁS GARÇONETES COM MAÇA DE ADÃO E VOZ GROSSA!!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A charutada da discórdia

Ora boas, caros!

Espero que o Natal vos tenha corrido de feição, e que a passagem de ano tenha sido carregada de rambóia e loucura (mas sempre com conta e medida...certo? ceeeeeeeeeeeeeeeerto...), que o champagne estivesse fresco e as passas suavemente tenham passado pelas vossas mucosas faríngicas.
Passando já a habitual parte das gratificações pelas visitas, vou dirigir-me ao assunto que pretendo focar neste post.
Tal como referido no inicio deste aglomerado de palavras, tão pomposamente identificado por "post", um novo ano se inicia, e nas diversas casas se ouvem os chamados "planos de novo ano"...

"iei, ano novo!!!"- diz a dona de casa - "vai ser este ano que vou emagrecer 13.032kg!".

"iuuuuuuupi! 2008 chegou" - complementa a avózinha - "será em 2008 que farei a tal viagem que prometi a mim mesma a Nossa Senhora da Murranhanhá!".

"yuuuupiiiiii!!!" -sussurra o tipico estudante - "é este ano que estudarei mais, e nunca faltarei às aulas... ok, falto só às das 8h00, no Inverno...e na Primavera... e se no dia anterior tiver saído até tarde..." (de notar que esta segunda parte do plano é exclamada o mais baixo possivel).

"uuuuuuuuuuuuu huuuuuuuuuuuuu!!! dois milénios e oito anos!!!" - pensa o chefe de familia - "é este ano, não passa deste ano que papo aquela moça das fotocópias do 4º piso".

"ai ai..." - pensa o tio - "nunca mais posso fazer argolinhas de fumo pra me meter com a loiraça da contabilidade"...

E é com este último plano do tio que inicio o tema deste novo post: a legislação anti-tabágica do governo, em vigor desde dia 1 de Janeiro do presente ano, 2008.

Por todo o lado se ouvem opiniões prós e contra esta medida. "Aaaah, finalmente poderei ingerir uma refeição sem ser incomodado pelo fumo..."; "bah! isto vai dar cabo da clientela dos cafés... o português, após o seu café, saca sempre da sua cigarrilha pra melhorar inda mais o momento". Estas e muitas mais opiniões são-nos generosamente exibidas nos noticiários, pensamentos oriundas quer da titia Lili, de Sintra; e mesmo do Bô Jaquim de lá de chima, d´aldeia de Vila Nova de Santa C... d´Assobio...


Como não fumador, devo dizer que esta medida irá melhorar bastante o modo como degustarei, por exemplo, o meu "burguer" no shopping, não voltando tão cedo a iludir-me e pensar que estou a ingerir uma sandocha de fumados! Quem me conhece já sabe a minha opinião quanto aos fumadores: por mim fumem à vontade, mas por favor tenham a gentileza d´apagar a chucha quando estou a comer! Até porque é algo injusto, do ponto de vista moral: se alguém pode fumar à mesa, porque é que eu não posso ser desleixado no controlo da minha flatuência na mesma situação?! Ao menos disfarçava o cheiro a chouriço...



Mas , contra amuos, apupos e outras provas de desaprovação por parte das chaminés ambulantes, o governo entrou com a lei em vigor logo no inicio deste ano, tendo a ASAE a responsabilidade de controlar o bom cumprimento das normas estabelecidas. Até aqui, tudo bem... Sem dúvida foi bem pensada a atribuição de tal encargo à referida entidade, pois a maior preocupação será a implementação rigorosa em espeços fechados destinados á restauração. O que ninguém pensou foi "ah... se calhar convém ver quem fuma na ASAE...", nem que fosse só por curiosidade. Caso alguém o tivesse feito, ia deparar-se com a bela da ironia existente no facto do presidente da ASAE, o Srº António Nunes, ser um fumador! "E esta, hein?!". E foi do vicio deste senhor que uma polémica se gerou... se já tinhamos o "apito dourado", e o "saco azul", agora vamos ter "o charuto magenta"...



E porquê mageta, questionam-se vocês?! Porque sim. Acho uma cor...colorida... com um nome catita, e que raras ou nenhumas vezes é referenciada, em depreciação face aos azuis e verdes e vermelhos, tão mais usuais no nosso dia-a-dia. Mas adiante...Tudo começou quando o Srº Presidente, tal como qualquer pessoa por esse mundo fora, decidiu festejar a passagem de ano (vulgo Réveillon), num tasco muito fraquinho... Casino do Estoril, ou coisa do género! Para aqueles que nunca foram ao estrangeiro, o que é o Casino do Estoril? : é tipo uma Marisqueira dos pobres...



...só que para gente rica!

Então, está lá o referido senhor, junto à familia e amigos, jantando e conversando até às badaladas anunciadoras. Um copinho de champagne pede outro logo de seguida, uma anedota provoca o rosar das faces, mais um copito para desinibir para aquela piada mais badalhoca que o pudor impede de contar, e pela meia-noite naquela e nas restantes mesas daquele casino (e por esse Portugal fora, em certas casas) já estava tudo bastante animado.Ai, e tal, viva 2008, festarola completa, foguetes, pum-pum no ar, tudo muito bonito e colorido... Mas é claro, e tal como muita boa gente por esse Portugal fora, a cama não chamou pelo Srº Presidente à 00.05, muito menos à 00.10 ou mesmo 00.30. O Srº Presidente aguentou ali, como homem rijo, muito além das doze badaladas. Aguentou noite fora até, pelo menos, às 2h30 do dia 1 de Janeiro...

Só que, lá está, apesar de homem, e rijo, o tempo também afecta o organismo deste senhor e a essa hora, talvez julgando que ainda estaria no ano de 2007, ou mesmo num principio de alzheimer, António Nunes sacou da sua cigarrilha, acendeu a sua chupeta socialmente aceite e deleitou-se com a inalação de porções de alcatrão que seriam tão bem aproveitadas a tapar as nossas auto-estradas. Quem não estava nada perdido nos dias seriam os fotógrafos, que apanharam o chefe da entidade responsável pelo cumprimento da nova lei do tabaco a dar umas valentes passas.

Como seria de prever, toda esta situação gerou uma onda de protestos. Muitos velhotes já tinham gasto a sua reforma numa poltrona prá sua casita, visto que teriam de resignar-se às suas habitações para fumas e não aos seus velhos tascos; muitos empresários compraram toneladas de adesivos de nicotina; e muitos cafés já tinham limpo os seus cinzeiros; e o facto do Srº António Nunes ter tal comportamento vários archotes (feitos de cigarros) foram acesos por esse Portugal fora.

Após a saída da sua foto comprometedora a fumar no casino ter saído nas manchetes de diversos jornais (foto essa que, infelizmente, não consegui arranjar), António Nunes refastelou-se no cadeirão do seu escritório, e matutou, congeminou como resolver de forma pacifica tal conflito: "hummm... que fazer?", pensou o chefão da ASAE, enquanto puxava por umas passas no seu escritório - ao ar livre, obviamente. Não se pode fumar em espaços fechados!- "aaaaaaah! concerteza ainda ninguém se deu ao trabalho de ler integralmente a nova lei do tabaco...será que consigo...?" (então, gostaram desta interrogação final, como quem quer incutir mistério na narração? Não?! Bem, deixem lá, era só para experimentar...).

E assim, passado uns dias, António Nunes (se não se importam vou começar a tratar o Srº Presidente por A.N. É que tar para aqui a escrever o mesmo nome vezes e vezes sem conta é muito aborrecido, e torna-se maçador teclar...) fez um pequeno reparo que ninguém até ao momento tinha reparado (como se alguém se tivesse dado ao trabalho de ler a lei!), e da minha imaginação incontrolável saíu esta fantasiosa conferência de imprensa (dada, talvez, ao ar livre, para possibilitar a todos os intervenientes puxarem umas labaredas...)

Jornalista A- Caro presidente, que tem a dizer sobre os acontecimentos da madrugada de 1 de Janeiro?

A.N - Pois, acho incrível... Sinceramente é um valor impressionante... mais um morto este ano do que na operação "Ano Novo" levada a cabo pela GNR no ano passado, é lamentável que se continue ...

Jornalista A- Mas, Engº António Nunes -interrompe o jornalista- , não é a esse acontecimento que me refiro! Refiro-me ao facto de...

A.N. - Mas qu´é isto?! Que falta de respeito?! Não tinhamos todos concordado que seria uma questão para cada um?! Ai ai ai, a quebrar as regras, não é? Olhe acompanhe aquele agente da ASAE, que lhe quer verificar o que traz aí na sua carteira... Tem tabaco?! (dê-me um!- sussurra A.N.) AAAAAAAAAAAAAAAAH! Não pode! Recinto fechado! Sacou do tabaco, é porque ia fumar! Vá, faça o favor de pagar...

A.N.- Bom, próximo... Você aí, da câmara de filmar... não é você, pateta! o que está à sua beira... Do outro lado, caramba!!!

Jornalista B- Eu?!

A.N.- Exactamente. Próooooooooooximo! Você aí, das pernas delicadas cobertas por uma mini-saia que me estão sinceramente a desviar o olhar do meu discurso... Faça a sua pergunta...

Jornalista C.- Boa tarde, Srº Presidente. Gostaria que comentasse a sua foto no casino estoril, a fumar após a 00h00 do dia 1 de Janeiro do presente ano...

A.N.- Pode formular isso sobre a forma de pergunta? Há quem queira seguir as regras, sabe...?

Jornalista C.- Pois, mas não foi isso que você fez, pois como todo o português sabia a partir da 00h00 do dia 1 de Janeiro do presente ano passaria a ser proibido fumar em recintos fechados. E que eu saiba, um casino é fechado...

A.N.- Pois aí é que se engana, jovem repórter cujos apêndices tetais me incitam à fixação do olhar!

Jornalista C.- Desculpe, mas o casino tem tecto, paredes, janelas... logo, é fechado...

A.N.- Mais uma vez o seu intelecto parece acompanhar a grandeza das suas copas, no entanto, esquece-se do que É um casino. Sabe o que é um casino?! É um estabelecimento de jogo! E se reparar bem a lei do tabaco entra em disputa com a bem conhecida lei do jogo... Conhece a lei do jogo?

Jornalista C.- Por acaso, devo admitir que não... Mas que eu saiba jogar não implica fumar, logo nos casinos aplica-se a lei do tabaco para recintos fechados...

A.N.- Mas que raios! - exclama A.N., visivelmente irritado - Por acaso os senhores jornalistas leram a Lei do Tabaco?!

Olhando uns prós outros, sussurram uns "ergh, por alto", "li o resumo", e alguns "Tabaco? ASAE? Então isto não é a conferência de imprensa do Cristiano Ronaldo?!"; e a ideia geral é a de ninguém ter lido na integra tal lei.

A.N.- Cambada de incompetentes! Era agora multar-vos por incompetência laboral... Então vós vindes para uma conferência de imprensa e não estudam anteriormente?! Diz aqui, claramente, na página 5 do documento que, e passo a citar, "fumar em locais de jogo, nomeadamente Casinos, salas de jogo ilicitas, bares académicos (caso se encontrem a jogar) ou mesmo na casa do presidente da ASAE, não será proibido pois entrará em disputa com a lei do jogo, muito anterior à implementação da nova lei.". Vejam com os vossos próprios olhos!

A.N. mostra aos jornalistas presentes o documento.

Jornalista D.- Mas, Srº Presidente, isso aí não é um post-it escrito à mão, colado nessa página?

A.N.- Ergh... *ups!*... Ergh... Ma-mas qu´é isto?! Tá-me a acusar de deliberadamente alterar uma lei, só para me safar de uma avultada multa e de uma humilhação pública?! Deve tar mas´é a ver mal...

Jornalista D.- Por acaso, deixe cá por os óculos, pelo sim, pelo não...

A.N.- Srº jornalista, deixe-me dizer que tem uns óculos muito giros... onde adquiriu essas beldades?

Jornalista D.- Na feira da ladra...

A.N.- Srº guarda, prenda este homem e apreenda aquele objecto contrafeito! Com que então a prejudicar a nossa economia, aposto que até compra filmes piratas! Sinceramente, criticam-me mas fazem pior! Dou por encerrada esta conferência! Adeus, cambada de kazaaaas!

Visivelmente irritado, A.N arruma os seus papéis e levanta-se... Voltando de seguida atrás para ir buscar o maço esquecido...





E assim foi: Viajando atrás no tempo e nos arquivos dos diversos decretos-lei, A.N chamou à atenção da uma lei muito, muito antiga, intitulada "Lei do Jogo" (ou algo parecido), que se aplica aos diversos estabelecimentos de jogo existentes por esse Portugal; desde os grandes Casinos, até às salas de Bingo tão admiradas por velhotes, e que pelos vistos permite às chaminés ambulantes (vulgo fumadores) puxarem umas labaredas enquanto sacam umas cartadas. E assim safou-se de uma vergonha...



Dois meses depois, a nova lei continua em vigor por este país fora, com maiores ou menores contrariedades, com bares e discotecas a fazerem birras e a pedirem também um post-it que lhes permita serem também como os casinos uma excepção à regra. Ainda não tive oportunidade de visitar uma discoteca após a implementação da nova lei, mas aposto que estejam às moscas (ou então tenham as casas de banho sempre cheias, principalmente os cubículos com janela).

Como não fumador, acho particularmente hilariante ver esses viciados a correrem pelos shoppings à procura da saída para irem dar umas chuchadelas no cigarro, ver fumadores conhecidos a enregelarem-se à porta dos departamentos da faculdade (infelizmente a quantidade de fumadores nestes locais é tanta, que se instala à entrada dos departamentos uma autêntica cortina de fumo; e só de passarmos uma vez por esse sitio ficamos com o mesmo cheiro de termos estado ao pé de um fumador durante 3 horas!), as tabuletas de "proibido fumar" por tudo o que é lado...Com a nova lei, o governo continuou a ter lucro: o capital que deixaram de receber proveniente da venda do tabaco, passaram a receber das farmácias; com o aumento de vendas de produtos para deixar de fumar... e de "Cêgripe"!



Bom, sem mais nada para dizer, e sem vos querer maçar mais, vou terminar este post.



Abraços prós moços,

Beijos prás moças,

ergh... cumprimentos de mão e bem afastado aos fumadores (sorry... dispenso o cheiro a fiambre de perna CampoFrio) =s



Um beijo muuuuuuito especial para ti, Nádia ;)

Um "bjiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii" pra tu, oh birú!



e...



...

NADA PRÁS CIGARRETES!!!

EDITADO A 24/02/2008

(p.s.: Graças ao olho atento do excmº srº c8, já remendei as falhas... ai ai, maldita dislexia!!! muito obrigado, distinto colega, por me chamar à atenção da minha confundibilidade alfabética)

(p.s.2: Cara birú, não a querendo desiludir, ou dar a entender que não me seja das pessoas mais simpáticas que já conheci, também já remendei a despedida... espero que esteja do seu agrado, desta vez...)

sábado, 28 de julho de 2007

Aaaaah!...Então era isso que o primo Jacinto tava a fazer com a Elvira no Curral!

Saudações, jovens cibernautas!

Inacreditavelmente voltei a escrever neste blogue num espaço de tempo inferior a um ano! Vá lá, uma salva de palmas para mim, pode ser que finalmente me passe a preguiça de escrever regularmente...ou não... mas pelo sim pelo não louvem-me o feito. É sempre bom pró ego...
Bom, antes de atacar forte e feio no assunto que tenho em mente, pretendo fazer umas chamadinhas de atenção sobre dois aspectos que me saltaram à vista nos últimos tempos. Pois bem, a primeira atenção que quero partilhar com vocês está carregadinha de espanto da minha parte. "Porque te espantas, Zé Nabo?!", perguntam vocês, ao que vos respondo "Pah, não me chamem isso. O meu nome é Pedro, não é Zé!"... Algum tempo após a redação e lançamento não-fisico do meu último post sobre essa entidade digna de um nobel que é a Britney Spears, decidi explorar o meu próprio blog: Li os meus próprios post, li milhentas vezes os comentários que me deixaram (já agora, muito obrigado por todos os comentários até agora realizados. Se escrevo é para alguma coisa, e esses vossos comentários são como que a avaliação das minhas capacidades de vos entreter ou não. Ou seja, não comentem mais se querem que eu pare de escrever; senão continuarei com estas minhas idiotices virtuais), e ri-me com as minhas próprias piadas (oh meu Deus, em que estado deprimente estou
*
?!). Por fim, e para terminar este minha auto-apreciação, decidi revisitar algo que já não via desde o inicio da formação deste blogue: o meu perfil! Já não me recordava que este blogue tem quase 2 anos de existência, que sou apreciador de livros de Thomas Harris e do "Padrinho", de Mario Puzzo ( Q:"ah, onde meteste o meu telemóvel?!" R: "PUZZIO na mesa!"), entre outras pérolas dos meus gostos e preferências... e eis que, após todo este recordar, vislumbro uma pequena informação do lado esquerdo, e convido todos a conferir do que estou falando: desde o momento da sua criação, qual acto divino, qual acção de cultivo, este blogue foi visitado por umas 179 almas! 179, minha gente! O meu blogue conseguiu de certeza suplantar o número de alunos que iam às aulas teóricas de cristalografia e mineralogia nos últimos 8 anos (embora neste último ano ainda haviam alminhas que apreciavam tortura mental, e em números muito superiores aos resistentes dos anos anteriores... parece que os morangos com açúcar causam efeitos secundários como insensibilidade à dor). E face a estes valores só tenho a dizer... MAS O QUE É QUE VOCÊS ANDAM A FUMAR?!?!?! LOL, brincando...embora de certeza vocês tenham coisas muito mais interessantes e lúdicas para fazer do que visitar o meu blogue... mas o facto de dispenderem desses mesmos momentos de recreação para aturarem as minhas barbaridades virtuais é de louvar, e de agradecer. De facto, o motivo porque criei este blogue era para ele ser visitado, lido e, quem sabe, apreciado, e saber que estou a conseguir ter alguma audiência deixam-me orgulhoso e com vontade de a manter. Posso não escrever com a periodicidade que muita gente gostaria (muita gente, entenda-se, o Donkey! Que dia sim, dia não, ameaça-me dizendo que me amaldiçoa com o poder oculto dos ciganos de Santa Comba Dão se não actualizar o blogue!), mas tenterei (embora não prometa nada, porque isto com calor é do piorio) não demorar tanto tempo a actualizá-lo. Assim, e para acabar esta parte de puro graxismo, o meu muito, muito obrigado por todas as visitas e comentários realizados, e espero continuar a ter muitas mais e a receber outros tantos. Obrigado por todas as sugestões deixadas para futuros posts (Donkey, não me esqueci do Michael Carreira, podes estar sossegado ;) ), e agradeço e louvo todas as sugestões futuras (facilitam-me e muito trabalho, acreditem). E cessado este assunto, irei falar de algo que com certeza vocês já repararam...
Após a última postagem sobre a Britney, uma série de comentários se sucederam, e dos vários habituais reparo num que é sinceramente inquietante, pois mostra que a educação em Portugal está decadente! Pois, falo desse comentário que alguém deixou, assinando por
"bichaninho26@hotmail.com", e que tanta dor me causou... nos abdominais... de tanto rir!
Convido-vos a ver ou rever o comentário que vos falo. Vejam, leiam, decorem tudo o que lá aparece a depois continuem a ler este post. Vão lá, eu espero... 3 minutinhos devem chegar, vá...


...

Já está?! Bom, continuando...
B-26, como o passarei a chamar para me facilitar o trabalho de escrita, provavelmente caído aqui desamparado enquanto procurava na world wide web por mil e uma maneiras de confeccionar o "pumpino", sentiu-se ofendido com aquela que considero ser já a imagem de marca deste meu blogue: a despedida personalizada aos visitantes do mesmo, discriminando (de maneira humoristica, e sem qualquer sentido racial ou insultuoso) homens, mulheres e, sendo directos, homossexuais. Normalmente estes últimos não recebem o cumprimento, como podem constatar nos restantes posts, e com certeza alguns de vocês, meus leitores, já se perguntaram porque discrimino dessa forma. Pois bem, a despedida em cada poste é baseado naquela ancestral anedota do barco a naúfragar, na qual a tripulação manda mulheres e crianças para um lado, e homens para o outro,e no meio da confusão um homossexual grita "então e eu?!". Assim, achei que seria engraçado enquadrar e adaptar esta pérola das nossas anedotas neste meu blogue.
Até ao momento do aparecimento de B-26, ninguém falou de modo depreciativo desta minha despedida, muito antes pelo contrário. E sinceramente, B-26, se me estiveres a ler, e sabendo que te ofendi, estou a ponderar em deixar esta minha despedida, já que te sentes tão ofendido por tal...
Estou a ponderar...
...
Hmmm...
...
Bah, não!

Pois é, não vou deixar esta despedida... ou melhor, vou até tentar melhorá-la, tendo em conta o/a meu/minha novo/a cliente! Se a curiosidade já vos começa a arranhar e a deixar-vos todos comichosos podem passar à frente o resto do post e mirar a despedida... Eu espero por vocês, vão lá ver...

...

Já viram?! Catita, não é? Pois bem, adiante com o post!
Após a recepção deste comentário, várias pessoas deram-me opiniões sobre o que fazer: apagá-lo (ou deletá-lo, como se diria na linguagem dos bloggers), adicionar o/a rapazinha/raparigo no messenger e insultá-lo/a, cuscar-lhe o hi5, etc. ... E após um longo debate interno entre o tico e o teco, os meus neurónios reformados, debate esse que durou cerca de... 15 segundos, decidi que não ia apagar o comentário, pela simples razão que se houve 25 de Abril foi precisamente para as pessoas exporem a sua opinião. Claro que há opiniões parvas, patéticas e estúpidas, mas ocorrem só uma vez em cada oito, como foi o caso. Além disso, não apaguei o comentário porque, se B-26 me estiver a ler, pode voltar a dar mais opiniões (ou diarreias mentais, no caso dele/a), e eu divertir-me-ei no inicio de cada post a mal-dizer do ser.
Pronto, adiante com a questão ética do deixar ou não o comentário, vou passar à parte de apreciação do seu conteúdo:


"Bom dia...". Até aqui, nada de errado. Mostra que é bem/boa (não fisicamente, se é um homem!) educado/a.

"Sou com todo o gosto aquilo que VOÇE chama de ponto e virgula". Por falor, vamo-nos deixar de formalismos...eu não te trato por "voçe", nem por "chenhora", pois não? Este é um blogue para amigos...ah!,e para um idiota, se te tornares visitante recorrente. E eu não te chamo PONTO e VIRGULA, mas sim PONTO-E-VIRGULA. Que eu saiba não damos dois nomes às coisas, pois não? Ah, perdão, damos... "idiota" e "bichaninho26"...meu erro.

"...sim sim...". Aqui, B-26 encontrava-se a confirmar à senhora que queria os dois "pumpinos" grandes... para fazer saladas obviamente porque, tal como nos afirma na frase a seguir,
"... como por tras...". Ou seja, através desta informação tenho uma certeza: B-26 é protostómio, pois come pelo equivalente da boca primitiva de um deuterostómio (ok, piada de biólogo muito mal conseguida...).

Mas o que é preciso é ter orgulho nos seus gostos, eu não tenho nada contra se gostam de efectuar crimes rodoviários nessa estrada que é o tracto intestinal (entrar numa auto-estrada em contra-mão é crime, minha gente...logo, um "pumpino" a entrar no acesso errado...). E se B-26 é feliz ao dar novos usos a escovas eléctricas, varinhas mágicas (penso que será necessário removeres as lâminas...pode ser mau se te esqueceres...), por mim tudo óptimo...

E, por fim, B-26 finaliza com uma proposta ou conselho, constituida pelas frases
"ja experimentas-t (comer por trás, como ele diz)? se levasses nesse rabinho ias gostar e nunca mais largavas essa vida!". Jovem, ponto número um, eu não levo nada neste "rabinho". Para alguma coisa servem as carteiras, as malas, as bagageiras...e é na tua ponchete que deverias guardar o trocado.
Ponto número dois, quando afirma
"(...) ias gostar e nunca mais largavas essa vida!", por ESSA entendo a vida que já levo: uma vida linda, com um andar normal, sentando-me confortavelmente nas cadeiras e outros artefactos estabelecidos para o efeito. Agora, se tivesses dito "nunca mais largavas ESTA vida!", aí compreenderia que me estarias a falar da tua vida: uma vida alegre (em inglês, alegre diz-se "gay"), com um andar à cowboy, e onde o simples acto de sentar pode transformar-se num pesadelo! Por isso muito obrigado, mas não: mais vale triste do que ficar sem a possibilidade de viajar até à Austrália (são mais de 12 horas sentado!). "Better sad than gay"...

Portanto, tal como disse mais acima, opiniões, sim senhora aceito, mas nada me impede de as insultar! =)

E findadas estas minhas chamadas de atenção, vou dar inicio ao tema principal deste post! Já chega de agradecimentos e bichaninhos... de mariquices, portanto...
"E sobre o quê vais falar desta vez, Gunurreias?!", perguntam vocês, ao que eu respondo "Eh pá, não me chamem isso... É GONORREIAS!"... mas enfim. Como não podia deixar de ser vou falar de temas actuais!

"O quê? Vais falar sobre..."
"... o Live Earth?"
"... a cimeira da Nações Unidas?"
"... o novo Aeroporto português no meio do deserto?"

Não, meus caros... vou-vos falar sobre algo que aconteceu no dia da criança (quase ontem, portanto)!
Caso vossas excelências não tenham estado atentos, no dia 1 de Junho deste ano fez-se história na televisão portuguesa! Numa iniciativa inédita, o canal "2:" exibiu, em horário nobre, o programa "Então, é assim!", em inglês "So that´s how!". Trata-se de uma animação com cerca de quinze minutos, bastante lúdicos para todas as idades, e da autoria desses malucos que são os dinamarqueses, ah, gandas doidos esses man´s...
Ora bem, "So that´s how!", apesar de só ter sido exibido este ano em Portugal (pelo menos, no meu conhecimento), já foi produzido em 1989, tendo o argumento, direcção e animação dessa senhora que é Liller Møller. Senhora muito famosíssima no Mundo, e quem sabe em Portugal.

O seu trabalho tem, em vista, ser usado como um material extra de apoio à educação sexual dos jovens, explicando como é que se fazem os bebés. Mostra a anatomia dos aparelhos reprodutores masculino e feminino, as diferenças nos gâmetas, os estágios de desenvolvimento do feto no útero.... Aborda o problema dos pedófilos e avisa as crianças quanto à existência de "senhores estranhos" ou "senhores que têem uma doença". Até aqui, minha gente, não acho que exista nada de mal ou de contestar (ok, talvez na parte dos pedófilos tenha faltado ensinar um pouco de defesa pessoal. A ver se os pedófilos não passavam a ter medo das criancinhas, se elas os ameaçassem com um neckbreaker, ou um arm bar!), e eu sou completamente a favor que se eduquem as criancinhas sobre as DST e os métodos contraceptivos. São tantas as crianças na primária e pré-escola já mães, acho que devia até haver educação sexual já no pré-operatório!
MAS... Achavam que os dinamarqueses, esses malucos dos dinamarqueses, gandas doidos descendentes dos vikings, famosos pelos seus escritores (de momento não me lembro de nenhum...curioso...), iam ficar-se SÓ pela parte cientifica do acto de fazer o belo do amor? NAAAAAAH!!! O que é que vocês acham que se deve mostrar a uma criança de, suponhamos, 7, 8 anos? Talvez aquilo que esses vikings doidos exibem mais ou menos aos 8 minutos da curtissima-metragem:

Pois é! Não bastava só falar do maravilhoso do corpor humano, na engenharia biológica de todo o processo germinativo, tinham os taradões dos vikings que ensinar as diversas posições do kamasutra! Quer dizer, acho muito bem, percebi o que eles pretendiam com a mensagem (dizer aos putos que os pais divertiram-se bastante ao concebe-los?!=S), mas podiam ser tão explicitos quando os miudos já tivessem uns 16 anos!

E como se não bastassem as imagens, vou-vos transcrever o que as personagens (recordo que as mesmas são PUTOS!!!) dizem no momento em que elas aparecem:


[7:46] "muuuuuuuuuuuah, muuuuuuuuuuuah muuuuuuuah" (imitação dos sons dos beijos...duh!)

"eu acho que eles gostam muito um do outro"
(ok, nada de mais, está dentro das regras)

"é porque querem mesmo estar um com o outro"
(continuação da frase anterior... e até aqui continua tudo muito bonito, muito inocente, muito... infantil. Até que, de repente...)





[7:56] "deve ser agradável, estejam onde estiverem (...) deve ser divertido" (o que é que é mesmo agradável?! A companhia?! A amizade?! O Romance?! Sim, como são criancinhas que estão a falar, obviamente que não devem estar a falar de...)



[8:01] "o pénis dele está duro! E ela começa a ficar húmida!" ( HEIN?! DESCULPA?! WHAT?! JOÃOZINHO, VAI MAS É VER OS 101 DÁLMATAS!)





[8:08] "olha... já estão a fazer amor" (SÓ AGORA?! E antes era o quê?! Conferir se tinham os ingredientes?!)


[8:16] "às vezes até gemem, como se estivessem cansados..." (oooooooooookay... acho que não era preciso ser tãaaaaaaaaao explicito...se até aqui já era muito avançado para as idades alvo, acho que já começamos a fornecer inda mais informação que, acho eu, não fosse tãaaaaao necessária...mas o que é que as criancinhas dizem a seguir?!)




[8:20] "AAAAH!!! EEEEEEH!!! AAAAAAAH!!! EEEEEEEH!!! AHHHHHHHHH!!!" ( =O)




[8:25] aqui eles não dizem nada... basicamente riem-se da figurinha que estão a fazer... mas não posso deixar de chamar a atenção para a posição nova que surge, e que decidi denominá-la (e vou tentar lançar esta proposta para as editoras com os direitos de publicação do Kamasutra) ... "SINTONIZA NA ESTAÇÃO FAVAS COM CHOURIÇO, ´MOR"...em homenagem a essa pessoa que nunca referenciei antes no meu blog, o grande Cid... José Cid!




[8:28] novamente, nada é dito aqui, mas salta à vista duas coisas: a falta de noção de biofísica dos dinamarqueses; e a sua imensa imaginação no que toca a posições sexuais! Ainda no momento em que escrevo as palavras tento perceber como raio é que se põem naquela posição, e se o homem está a esborrachar a cara da companheira entre os pés, ou se puxou as orelhas da respectiva...



[8:31] um regresso à ancestralidade da reprodução... a mitica posição do missionário... e acho que bastava esta posição para exemplificar aos nossos putos, e em menos de 10 segundos, no que consiste o sexo (resumidamente). Mas nãaaaaaaaao... atentem nas próximas posições didáticas, e respectivas falas das personagens:

"cá para mim, eles estão mas é a lutar" (pois é... é a chamada luta da supremacia...)



[8:34] "eu já vi IMENSAS VEZES na televisão pessoas a fazerem amor..." (IMENSAS?! Mas quem são os pais desta criança?: Paris Hilton e Rocco Siffredi?! Além disso, acho que se ela viu na televisão, não era beeeeeeem amor... talvez envolvesse os mesmos hardwares, mas acho que metia terminologia mais especializada, e só por vergonha é que não trancrevo alguns exemplos)




[8:38] "elas também fazem... UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUH" (pouca-terra, pouca-terra... UUUUUUUUH UUUUUUUUH! Estão a brincar aos comboinhos, tá bem pequeninos? Olha o comboio a entrar no túnel... ).
Mas atenção! Elas só fazem UUUUUUUUH se gostarem mesmo um do outro... Se for uma coisa trivial (como naqueles filmes que a miudinha vê imensas vezes) só fazem "Aaaaah Aaaaah" ou "Oh si, cariño..."



E pronto, finado estes quase 60 segundos de pura rambóia, vem a parte cientifica e romântica das relações: o trajecto dos espermatozóides, o desenvolvimento do feto, o desenrolar da gravidez... Claro que esta parte os putos já não queriam saber, né, e o mais provável era que se afastassem da televisão. Mas o que é que os dinamarqueses (espertos, o raio dos vikings) pensaram? "Bem, vamos falar de sexo volta e meia!". Pois é, se atentarem na segunda parte do video (esqueci-me de dizer...ai que distraído que eu sou! No final do post encontram os videos da primeira e da segunda parte. A primeira parte é a que contém as cenas taradas. A segunda parte é a que contém algumas cenas e frases taradas) quando uma miudita pergunta "mas eles ainda não sabem, ainda não se vê a barriga?", o tarado do azul afirma "é por isso que fazem amor todos os dias, para ter a certeza!".
No instante seguinte, surge algo que deve ser costume lá na Dinamarca: a mulher vai na rua, e pensa "ah! será que estou grávida?! Se tiver, não devo tar com menstruação...", e muito naturalmente empurra as calças até ao joelho e confirma, tal como se estivesse a verificar se vestiu o casaco ao contrário... banalíssimo, e tal... Como se não chegasse, o tarado do companheiro sempre que pressente movimento no sentido descendente das calças, UUUUUUUUUUÉEEEEE PAAAAAA!, toca a espreitar... eh eh!


Depois deste bocadinho de cultura viking, as nossas crianças morango-dependentes têem finalmente direito a um pouco de ciência. Vêem o desenvolvimento do feto, como é que se realizam as trocas de alimentos e residúos...tudo muito bonito... e seria nesta parte que a maioria dos cachopos começaria a levantar-se para ir ver a floribella de bikini, pelo que os dinamarqueses, fiiiiiiinos, que fazem? Metem sexo lá pelo meio!
Ao fim de 3 meses, o que é mais importante:

a) surgimento dos botões dentários, que mais tarde darão origem aos primeiros dentes de bébé?;
b) a capacidade de fechar a mão?;
c) inicio da produção de hematócitos?

Se vocês responderam a), b), ou c), digo-vos que até estaria certo se eu percebesse alguma coisa do assunto, mas quer percebesse quer não os dinamarqueses, esses sim, é que nos dizem o que é mais importante ao fim de 3 meses de gestação:

a) As maminhas da senhora ficam maiores!;
b) O senhor está com muita vontade de fazer "o amor"!;
c) Podem ter sexo durante a gravidez, que não engravida!

É impressão minha... ou um video que supostamente era para explicar como se fazem e desenvolvem os bébés está a abordar mais a parte do fazer? E porque é que também me parece que o homem, coitado, está sempre com vontade de fazer "o belo do amor"?! Santa paciência, aposto que o homem também deve ter outras vontades, tipo...Dormir?!

Mas pronto, os vikings decidiram deixar de falar de sexo tantas vezes, e mostraram o desenrolar dos meses e as transformações que ocorrem na mulher, ao fim de 9 meses a carregar uma vida dentro de si:
Ocorrem, mais ou menos, 20 kgs de transformações na mulher! Caramba, porque é que me parece que a mulher vai dar à luz uma equipa de football?! Como se não bastasse, mostra o que é uma realidade quando o dia do parto surge: All Hell Broke Loose!!!
Mais uma vez, um costume viking: a mulher sente que as águas rebentaram, muito calmamente arregaça a saia (e o homem ZÁAAAAAAS!, logo, a espreitar!) e verifica o estrago. Depois, correm de um lado pró outro como se estivessem numa loja em saldos, a mulher, coitada, leva constantes "peitadas" no queixo (daí o mau humor...quem, de entre nós, conseguiria manter o sorriso se passasse um bom bocado a correr descalço, com dois enormes peitos a baterem vigorosamente no queixo?!).
Após esta correria, e já nos preliminares do parto, o homem ensina a mulher a respirar...à cachorrinho?! =S Por favor, vejam o segundo video, e vão até aos 4:31 segundos, ouçam, e lembrem-se no futuro como devem auxiliar as vossas respectivas esposas no momento do parto: atirem-lhe uma bola ou um osso de borracha, abanem a cauda, e dêem a patinha!...


E pronto, após o parto, após todo o procedimento técnico do mesmo demonstrado na animação, está na altura de acabar a mesma... E como?! Falando de sexo! Desta vez, os dinamarqueses (aaaaaaaaah, seus doidos!) falam dos animais:

- Dois deles já viram dois cães a fazerem amor... que afinal não era amor, era acasalar! Enganaram-se, coitados...às vezes precipitam-se (noutras solubilizam)...
- E um deles (e para os pais dessa criança, cuidadinho, hein!?), sai de cena com o pensamento: "o cavalo deve ter um pêniiz eeeeeenoooorme!"... Como se diz na minha terra, o sapateiro olha prós sapatos...

Findada esta animação, devo também terminar com este meu post, que já vai bem longo... Posso concluir que, apesar de esta minha critica à iniciativa do canal "2:" (critica mais dirigida aos autores da animação. O canal só tratou de exibir), é de louvar toda e qualquer iniciativa para educar a juventude sobre temas deste género. Lembro-me, com saudade, dos meus tempos no 7º, 8º ano, em que reivindicavamos aulas de Educação Sexual e máquinas de preservativos na escola (iamos prás aulas ver filmes porno, e nos intervalos brincavamos aos preservativos de água... Vocês já imaginaram o que seria uma bomba de água com um preservativo?! Era uma ogiva de água!!!). Aaaah, mocidade...
Mas lá está, provavelmente temos tantas mães jovens por causa desta nossa atitude nos nossos tempos mais jovens: viviamos (ou será que ainda vivemos?!) numa espécie de ressaca de pudorismo salazarista, e enquanto que em certas familias o sexo era um tema tabú, noutras era algo banal e que se poderia falar livre de preconceitos; e quando crianças oriundas destes meios de informação tão ambiguos se juntavam numa mesma escola, a que tinha mais informação informava a outra, mas mal, e a que tinha pudor ouvia, ria-se, achava graça e mandava piadas. Após várias crianças a interrelacionar-se e a trocar informação, gerou-se uma colheita de pestinhas que ao minimo tema referente a sexo mandavam bocas e graçolas, encarando as relações (sexuais ou não) como mais um jogo, e como mais um jogo que era passavam à frente a parte das regras. O resultado: jovens com atitudes "eu é que sei", "a mim não me toca nada", mas que na hora H já nada se lembravamm... e depois viam-se com a pança cheia aos 14, 15 anos, com a escolaridade pró tecto e com vidas que, se devidamente estimuladas, poderiam ser de grande valor pessoal ou mesmo nacional, mas que para dar alimento a mais uma boca se viam em mais uma fábrica de calçado destinada à falência ou a mudar a sucursal para a Indonésia passado uns anitos...

O que é que eu quero dizer com isto tudo? Que o sexo é como a mousse de chocolate: Quando bem feita, é muito boa... quando mal feita, vem com aqueles bocados da casca do ovo, as claras liquidas, o chocolate mal derretido ou em elevadas concentrações, e a probabilidade de nos encontrarmos com graves problemas intestinais nos dias seguintes é muito grande!

Mas o que é certo é que, se a "2:" continuar a exibir animações deste tipo, e se os temas sexuais começarem a ser transmitidos pela televisão como se não houvesse amanhã, os nossos filhos correrão o grave risco de se tornarem assim:

Bom, findado o tema, só me resta, de momento, despedir-me de todo pessoal... Assim sendo:

Abraços prós cavalheiros;
Beijos respeitosos prás mademoiselles;
Beijo muito, muito especial para a minha paixão;

...
...
NADA PRÓS KIWIS;

E AINDA MENOS PRA ESSE GRANDE "PONTO E VIRGULA", QUE SE CHAMA
...bichaninho26...

"AH E OS VIDEOS, SACANA?!" já começavam vocês a perguntar... E sem mais demora, cá estão eles!

Primeira Parte:


Segunda Parte:

* Tou com os neurónios em apoptose e com ataques de nervoso, derivado do encarceramento da minha pessoa, motivado pela necessidade de encarar um enfadonho estudo para os exames, o que me impossibilita de me divertir sem peso na consciência e de estar com a minha cara metade**
**
A probabilidade ser gozado por quem eu cá sei por utilizar esta expressão vai ser muito grande... Mas que se dane! É a realidade. À quem afirme "o amor toca a todos (...)", e eu não fui excepção. Tenho dito! =)